sexta-feira, 8 de julho de 2011

Caindo da Parede


Queria falar de saudade, mas não sei como descrever, talvez não seja só isso. Mas quem sabe seja muito além daquilo que posso ver, ou sentir, não sei onde as emoções me guiam, ou onde me deixaram.
Por muito tempo vi diversos caminhos que poderia seguir, muitos lugares onde queria estar. Precisava apenas pular uma janela, talvez as portas fossem desnecessárias, mas as janelas poderiam estar em andares acima do que posso pular. Há muitas opções, parece que a cada escolha engano sutilmente o destino que vive em conflito comigo. Mas não esquento com isso, posso ir há qualquer lugar, posso estar onde quiser, só depende do lado que vou andar, me preocupo é se alguém for comigo e eu não souber onde estou indo, mas se for isso, é porque todos acolheram o seu livre arbítrio. Nunca vou pelas frestas, nunca escolho os lugares mais iluminados porque acredito que posso encontrar a luz, mesmo onde a escuridão é soberana. Mas quando acredito que preguei uma peça no destino, ele me derruba para voltar à realidade. É quando vejo que não sei onde errei o caminho, queria saber aonde cheguei, não me lembro como faço para voltar, mas isso, pouco importa, já estou aqui mesmo...
Ou quando se tem a sensação de ter esquecido algo, de ter deixado para trás, porque só quando se está distante é que se sente falta. Não sei dizer o que me falta, se é que realmente preciso de alguma coisa por estar aqui, inconsciente. Me perdi entre as trevas da minha mente insensata que ignora a vontade de ir além do que realmente quero ver. Não sei qual dos casos é que pode ser chamado de loucura. Vi um pedaço do deserto inundando seu olhar perdido entre seus tenros devaneios que tornam seu mundo tão perfeito. Um sorriso e todo o castelo feito de mármore vem abaixo, e, tudo recomeça novamente como sempre é. Um lugar onde me perdi em meus pensamentos, quando percebi que só preciso mesmo é de um tempo para lembrar ao menos metade do que já perdi, não encontro nada que conquistei, talvez porque não tenha o que ver...
Tantas decepções pelo caminho, desilusão, mas parece que tudo perdeu o sentido, ou nunca realmente fez sentido algum, porque sigo travando minhas batalhas contra o meu próprio destino. Um dia talvez o destino aceite que fiz mudança nos seus planos e eu aceite alguns argumentos dele. Um breve entendimento planejado em um pequeno imprevisto. Não vou mais olhar pela janela e lamentar as falhas que vejo e que sei que também são minhas, por isso continuo me perguntando em qual o ponto que errei... talvez um dia eu saiba, mas talvez, nunca me faça diferença...