quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Os 13 melhores livros que li em 2013


AVISO:
Sim. Eu sei que organizar listas é uma atividade fútil e na grande maioria das vezes sem qualquer propósito, mas eu vou fazer assim mesmo.

AVISO 2:
Não. Eu não sei por que estou fazendo isso. Eu tenho uma vaga ideia do motivo que nos leva a abarrotar a internet com informações não solicitadas e de maneira geral irrelevante, mas esta é uma ideia que pretendo desenvolver em outro post e por enquanto vou seguir fazendo listas simplesmente porque esta é uma atividade muito mais fácil que brisar sobre o motivo que me leva a manter este blog.

AVISO 3:
Este é um daqueles posts com mais imagens que ideias, então aproveitem
(ou não)

E dito isto eu estou apta a declarar ao mundo os 13 melhores livros que li em 2013

O Melhor da Super
É, eu tenho total e plena consciência da overdose de nerdice que é um livro reunindo as melhores reportagens dos 25 anos da Superinteressante, mas o troço é realmente interessante (pra dizer o mínimo). Além disso, este livro virou uma espécie de farol de nerds, sempre que estava lendo este livro na loja aparecia alguém pra comentar “Super? Muito bom” e a partir daí a nerdice corria solta.
Por todo aprendizado, brisa e constatação de vida inteligente em Guarulhos, o livro valeu cada centavo.


A Queda
“Sim, eu morria de vontade de ser imortal. Eu me amava demais para desejar que o precioso objeto de meu amor desaparecesse para sempre.”


Albert Camus (pronuncia-se “Kamy”) já tinha entrado para a minha lista de “autores que eu quero ler mais” com O Estrangeiro, aí bastou ler a primeira linha da sinopse de A Queda (“Um advogado francês faz seu exame de consciência num bar de marinheiros, em Amsterdã.”) para o “querer” virar “preciso”.

 O livro é bem curtinho, só 111 páginas, mas em apenas 111 páginas Camus faz mais do que muitos autores sonham fazer.
         
E talvez eu até pudesse usar o argumento de Camus para justificar o porquê de fazer esta lista, mas isso seria canalhice demais (ou não?).

“Não somos todos semelhantes, falando sem cessar e para ninguém, sempre confrontados pelas mesmas perguntas, embora conheçamos de antemão as resposta?”
         

O Príncipe da Nevoa
Eu já disse algumas vezes que Carlos Ruiz Zafón poderia escrever um livro sobre uma sala vazia e ainda assim o livro seria excelente, porque ele encontraria algum mistério assombrando as vigas do teto ou os cantos da sala, alguma história mal resolvida sobre as tabuas do assoalho, combinaria as palavras certas para falar sobre a luz do sol entrando pelas vidraças empoeiradas e as sobras que elas geram e no meio disso ainda acharia um jeito de matar um personagem e nos devastar. Alguém comentou que certo texto era “quase comestível”, e esta é uma boa definição para a maneira como Zafón escreve, a forma como ele conta a história é tão genial quanto a história em si.
Este ano li dois livros deste cara: O Principe da Névoa e O Palácio da Meia-noite. Gostei mais do primeiro, que mesmo não sendo o melhor do Zafón ainda assim é excelente.


A Arte de Viajar
“Ficamos tristes em casa e culpamos o tempo e a feiura dos prédios, mas na ilha tropical aprendemos (depois de uma discussão num chalé, sob um céu azul imaculado) que as condições climáticas e a aparência de nossa morada jamais serão capazes, por si só, de escorar nossa alegria ou nos condenar à infelicidade”.


Já brisei sobre este livro aqui no blog, então vou deixar a preguiça prevalecer e só colocar o link da brisa no lugar onde eu deveria falar alguma coisa do livro.
Interessados, favor clicar AQUI.


O Azarão, Bom de Briga e A Garota Que Eu Quero


Se você já leu A Menina que Roubava Livros então sabe do que Markus Zusak é capaz.
Quando eu terminei de ler a trilogia dos irmãos Wolfe a minha vontade era abraçar o Markus Zusak, e eu nunca antes quis abraçar qualquer autor (na maior parte do tempo minha vontade é drenar o talento e as ideias dos autores que eu leio para o meu cérebro). Poucos personagens são tão humanos e tão fáceis de amar justamente devido às suas falhas e agonias quanto o Cameron, e em cada um dos livros isso fica melhor (ou pior).

Comentário completamente aleatório e fora de propósito: quando eu vi o clipe de Royals da Lorde, não pude evitar uma “comparação” (por falta de termo melhor) com o Bom de Briga. Agora toda vez que escuto a música me lembro do Cameron e do Rube.




Pedaços de um Caderno Manchado de Vinho

“Os gênios são aqueles capazes de dizer algo profundo de maneira simples. Palavras eram balas, raios solares, palavras eram capazes de romper o infortúnio e a danação.”

Bukowski é um daqueles autores que qualquer coisa que você falar sobre não vai ser o suficiente e você ainda corre um risco muito sério de falar bobagem. Então vou me limitar a dizer que o velho safado, bêbado e fodido tem o poder de evidenciar o que há de mais sagrado e elevado com sua poesia assim como também consegue esfregar na nossa cara toda a miséria que nos rodeia, e nos dois casos a experiência é válida.


Divergente e Insurgente
Todo mundo ama distopias. A gente adora ver o povo se lascar em escala global e sofrer comendo o pão que o governo totalitário amassou. E é desnecessário dizer que Veronica Roth sabe usar muito bem essa nossa ânsia sádica pra nos prender à história de uma sociedade organizada em facções.
Nem vou me estender muito pra não correr o risco de ter um ataque de fã, mas  tenho que dizer que quando terminei de ler o Insurgente eu fiquei passada com o final do livro.
Aquele final... Nossa. Affe. Uau e mais um quilo de interjeições.


Condenada


Qual a primeira regra do Clube da Luta?

É isso ae, todo mundo sabe que não se deve falar do Clube da Luta. Assim como todo mundo sabe que a brisa dos livros do Chuck Palahniuk estão todas em um outro nível de brisa. Então o criador do Tyler Durden, resolve contar um história sobre uma adolescente gorda que vai pro inferno arrancar o bigode do Hitler, e é óbvio que este livro estaria na lista de melhores livros que eu li este ano.


Todo Dia
Comprei este livro porque achei que a brisa sobre um ser que acorda cada dia em um novo corpo e toma por 24 horas a vida de alguém emprestada seria uma brisa doida e desenfreada. Aí nos primeiros capítulos a coisa toda degringolou para um drama adolescente que à primeira vista soava água com açúcar. Como eu tinha comprado o livro (tipo comprado com dinheiro e tal, é sempre bom ressaltar o dinheiro) continuei lendo pra ver no que aquela história ia dar, e o que parecia um livro bobinho sobre adolescentes se transformou em uma profunda reflexão sobre todos os tipos de preconceitos que a gente carrega. E é impressionante como o David Levithan consegue falar sobre assuntos sérios de maneira simples e direta (afinal o livro é mesmo pra adolescentes).


O Herói Perdido


Sim, todo mundo histérico com o A Casa de Hades e eu ainda lendo O Herói Perdido, mas é a vida...
E posto que é um livro do Rick Riordan, tem que falar mais alguma coisa?
Eu já tinha lido os 5 Percy Jacksons. Eu já tinha lido os 3 das Crônicas Kane. Ae o cara vai e coloca num mesmo livro as mitologias grega e romana e tira um barato com as duas.
Vou falar mais o quê?