Aviso:
Este post não tem qualquer propósito ou
utilidade
(assim como muita coisa na vida)
Aviso 2:
Este post contém palavrão pra cacete,
mas, puta que pariu, hoje em dia palavrão não quer dizer mais porra nenhuma
Aviso 3:
Você vai encontrar uma quantidade
incrível de digressão no texto abaixo. A boa notícia é que isto nunca matou
ninguém.
E feitos
os devidos esclarecimentos eu estou livre para postar a histeria que eu quiser e bem
entender
Segunda-feira passada eu terminei de reler Clube da Luta, um
dos livros mais fodas pra caralho que eu já li na vida. Acho que eu poderia
resumir o ataque histérico que eu pretendo transcrever neste post com “leia e
assista Clube da Luta, e se você já fez isso então faça de novo”, mas qual
seria a graça disso?
Pra falar a verdade eu nem lembro como, muito
tempo atrás, eu cheguei ao filme, mas de alguma forma virou uma obsessão
assistir Clube de Luta. Devo ter visto o trailer antes de algum filme (porque
isto aconteceu antes da era Youtube e nesta época os trailers antes dos filmes
eram muito valorizados). Lembro que reservei a VHS na locadora (sim, isso
aconteceu numa época muito sombria chamada “anos atrás”, um período tenebroso
em que você tinha que contar com a simpatia do atendente da locadora pra poder
assistir os filmes que queria), e logo de cara quando vi aquele vídeo This is
your life que passa antes do filme eu já pirei (do latim “surtei muito mesmo”).
Assim que o filme acabou eu corri para a
internet discada e depois que o computador guinchou feito um porco eu saí caçando
toda e qualquer informação sobre o filme. Descobri que o filme era baseado em
um livro e consegui baixar o livro em PDF pelo Kazaa (caralho, eu tô ficando
velha), e lendo o livro eu surtei mais uma vez porque o Chuck Palahniuk é um
filho da puta que escreve bem pra cacete. Sério, é muito foda o jeito que ele
escreve.
No fim do ano passado, mais precisamente por
volta das onze da noite do dia trinta e um de dezembro, eu estava usando minha
camiseta preta com a cara detonada do Edward Norton escrito “copy of a copy of
a copy” (e talvez os mais exotéricos digam que esta não é uma vestimenta
adequada para a noite de ano novo) e a Dona Ca$$ilda (que de vez em quando
responde por Juliana) me deu de presente o livro Clube da Luta, e assim que eu
vi “hiuk” quando estava abrindo o embrulho do livro eu tive um (mais um!)
ataque histérico.
Comecei o 2014 me corroendo a cada página do
livro. O mais foda é o posfácio (coisa que não tinha do PDF pirateado) onde o
Palahniuk conta como teve a ideia para o conto que deu origem ao livro e tira
um barato com a repercussão astronômica que o que ele chama de “história de
amor” teve.
Segundo o autor, foi em uma tarde de tédio e que custava a passar
que ele escreveu um conto de sete páginas que viria a se tornar o capítulo seis
do livro Clube da Luta.
E aqui fica uma lição pra toda a vida: pessoas
comuns ficam entediadas e vão reclamar no Facebook, gênios como o Palahniuk
quando estão entediados escrevem contos que se tornam parte de um dos livros
mais fodidos de todos os tempos.
A ideia para criar o Clube da Luta veio de um
olho roxo que o autor conseguiu em uma briga em suas férias de verão e que não
sarava nunca, as tramoias do Tyler (como colocar quadros de pornografia em
filmes família ou garçons zoando a comida que servem) vieram de relatos de
amigos e até hoje tem gente que aporrinha o senhor Palahniuk querendo saber
onde fica o clube da luta mais próximo.
E agora, mais de uma década e meia depois
daquela tarde tediosa em que Chuck Palahniuk matou o trabalho escrevendo, cá
estamos nós quebrando a primeira regra do Clube da Luta (não se fala do Clube
da Luta). Se você já viu e/ou leu Clube da Luta então provavelmente compartilha
da histeria desatada impregnada nas minhas palavras (digo provavelmente porque
conheço alguns indivíduos, três para ser mais exata, que não caíram nos
encantos de Tyler Durden), mas se esta é sua primeira noite, então você tem que
lutar.
PS: eu avidei que esta bagaça não tinha
utilidade pra porra nenhuma, não avisei?