Os dias parecem todos iguais quando não se tem um rumo a seguir, quando não se sabe exatamente onde se quer ir. Tudo parece ser tão comum, até mesmo o caos parece ser monótono. Ele nunca conseguiu entender toda essa alucinação. Quem sabe assim um breve momento de lucidez era tudo que precisava.
Lembrando de quando olhava sua mão e parecia se desmanchar feito areia... o chão se movia e se contorcia, mudando rapidamente de cor e forma... mesmo o céu ficava inconstante... não conseguia entender, mas era uma parte do seu mundo...
O riso era constante em seu mundo.
O tempo todo conversava com tudo que se movia, porque tudo mudava de forma e o ajudava a chegar onde podia repousar. A inconstância geométrica de um mundo insano que escolheu para viver, parecia cada vez mais sensato.
Ah, o elefante rosa? Não, esse não era só um personagem. Não mesmo. Ele era parte de sua vida, estava sempre o acompanhando pelas ruas disformes onde tropeçavam em linhas retas, acreditando que algo os fizera cair.
Não diferencia mais o real, irreal, surreal... é tudo a mesma coisa dentro da vida que escolheu. Mas os efeitos passam. É quando ele olha ao redor, percebe que o efeito dos seus remédios fizeram efeito e que continua lá, preso dentro de um mundo que o considera louco, mas vestindo sua camisa de força, ele é feliz até que acorda.
“Ah, o elefante rosa?” Meu, q droga esse teu personagem tomou? hahahahaha
ResponderExcluirO texto ficou bem legal e vc conseguiu exatamente o q se propôs a fazer: uma história contada através da alucinação do personagem. Gostei. Dá p/ brisar bastante (e mim gostar de brisas).
Agora, entre o real, irreal e o surreal, eu prefiro o Mundo Surreal (olha o trocadilho).