quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Códigos do Caderno

Lágrimas de poeira escorrem pelo castiçal perdido debaixo da mesa quebrada daquele quarto abandonado. A escadaria coberta pelos véus queimados, distantes dos sonhos que foram guardados para eles, a escada, não tem um fim, mas esta quebrada e não vai a lugar algum. Não tem começo e nem fim.

Ventos castigam as grandes dunas, as montanha começam a ruir, uma a uma, elas caem. A cada grão da ampulheta, um pedaço da montanha cede.  O mundo está vazio. Cercado pela solidão de uma população que não se conhece.

Toda a perplexidade inexplicavel da insensatez cede à fé cega dos lenhadores desempregados. A matilha faminta agora sobrevive de frutas. Tudo muda, tudo se perde. Dentro de cada mente.

E nada derruba as ondas naquela praia, elas carregam toda a angustia e esperança daqueles que acreditam em alguma coisa que não saibam o que é, mesmo que talvez não exista. Não vai além do poder da fé. Não vai além do questionamento. 

Amargo regresso dos pesadelos que um dia se arrependeram por deixarem os dados selarem seu destino. Em vão. Aquela roda que escapou, os atropelou quando tentaram atravessar a rua fora da faixa. Hoje estão tão debilitados, quanto as mentes que um dia perturbaram.

Mostrou a força ao questionar o poder. Mediu seu poder com as rebeliões. Gavetas foram abertas para contar segredos. Portas foram trancadas. Luzes apagadas. Nada mais é como estava um dia na sua imaginação.

Onde o mundo um dia se perdeu em sua solidão. Onde o mundo um dia não viu o que passou. Onde um dia... o mundo...




2 comentários:

  1. Isso tá parecendo um sonho, daqueles q têm sentido só enquanto a gente tá sonhando, só nessa hora as imagens sobrepostas têm sentido.

    Os "lenhadores desempregados" são grunges?

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  2. são qse cosplayers de dave grohl... hahahahaha

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